Fiquei alguns (muitos) dias afastada da minha vida virtual.
Precisava de um tempo só meu. Um tempo comigo mesma.
Embora não tenha conseguido aproveitar 100% deste tempo para me livrar das dúvidas, da angústia, da depressão, da raiva e de todos outros sentimentos que estavam me consumindo nestes últimos dias, (estou as voltas com a obra da casa nova, compra de material, orçamentos, cachorros, marido - no singular, mas é como se no plural fosse -, sogra, sogro, mãe, pai, irmã...ahhhhhhhhhhhhh!!!! Como eu me permito ser tão paciente???), consegui não brigar com a vizinha chata, não me desentender com ninguém, não pedi demissão ou separação e não fiz contas, o que já é um bom começo. Fiz uma faxina de 3 dias na casa, uma mini horta, plantei um pé de araçá, goiaba, fruta do conde, caqui, carambola, ameixa e alguns de laranjas. Replantei minhas orquídeas neste final de semana e com isso acredito que já posso voltar a minha normalidade.
Confesso que sobraram perguntas sem respostas, como aquela acima. Outras são sobre como conviver com pessoas sem julgar? (estou tentando, eu juro!), ou então sem se deixar explorar? Porque ainda me decepciono com as pessoas? Porque ainda ACREDITO nas pessoas? Porque dói tanto saber que aquele amigo não é tão verdadeiro amigo? Porque são sempre as MESMAS pessoas que me fazem mal? Se eu sei que elas me fazem mal, porque não me afasto delas? Quão cheio está meu copo? Qual será a gota d'água que vai fazê-lo transbordar?
Se devemos tratar o próximo como gostaríamos de ser tratados, porque não consigo devolver a altura a grosseria a mim dispensada?
Porque somos educados com tão boa educação que preferimos engolir o sapo ao invés de devolve-lo? Quando darei meu grito de AAAAAAAAAAAAAAAAAA (música confortable numb – Pink Floyd)? Será que estes “porquês” estão certos? Têm acento? Junto ou separado?
E ao reler o que acabei de escrever percebi o quanto sou feliz ao esperar por estas respostas. Afinal, o que seria da vida sem questionamentos? Como levantar sem cair? Como ter cicatrizes sem se ferir?